Passado algum tempo do meu início, percebo algumas mudanças. Percebo o quão equilibrador é trabalhar o lado espiritual, uma vez que eu, como muitos, não prestavam atenção para este lado da vida.
Achava que estava bem do jeito que estava, que nada me faltava. Que não precisava de mais nada. Mas um outro lado da vida era completamente desconhecido para mim. E agente só alcança até onde enxerga.
Percebo também como o "anormal" se torna o "normal" e o "normal", "anormal". O surreal se torna real e o real, surreal.
Antes, raramente eu sentia alguma energia e raramente ficava tonto. Hoje raramente não sinto a energia, e sempre fico tonto rs
Ao visitar uma casa, sinto as energias, ao entrar em um coletivo, sinto as energias. Ao visitar um centro, aí sinto ainda mais forte.
Antes era difícil sentir a energia, hoje é difícil não sentir. E aí entra a questão do auto-controle.
Seja Bem-Vindo!
Bem vindo ao meu blog.
quinta-feira, 12 de maio de 2011
Primeiro trabalho como Cambono
Sábado, foi dia de baianos.
Como sempre, iniciamos pelos caboclos para os passes. Nos caboclos, senti.
Depois vieram os baianos. E nos baianos, também.
É importante ficar claro que quando digo que senti, não significa dizer que me senti mal. Não entendam errado. O sentir a energia, é muito prazeroso! Você quer sentir!
Desta vez trabalhei como cambono de um dos irmãos e foi minha primeira experiência como um.
Assim que ele terminou de atender aos consulentes, me deu um passe e chamou o meu guia.
Mais uma vez senti, mas ainda não consegui fazer com que meu guia viesse.
Continuo aguardando ansiosamente por este dia.
Como sempre, iniciamos pelos caboclos para os passes. Nos caboclos, senti.
Depois vieram os baianos. E nos baianos, também.
É importante ficar claro que quando digo que senti, não significa dizer que me senti mal. Não entendam errado. O sentir a energia, é muito prazeroso! Você quer sentir!
Desta vez trabalhei como cambono de um dos irmãos e foi minha primeira experiência como um.
Assim que ele terminou de atender aos consulentes, me deu um passe e chamou o meu guia.
Mais uma vez senti, mas ainda não consegui fazer com que meu guia viesse.
Continuo aguardando ansiosamente por este dia.
domingo, 1 de maio de 2011
Desenvolvimento e Gira
Ontem, após três semanas sem as aulas de desenvolvimento, voltamos a nos encontrar no centro.
Nas últimas semanas tivemos a festa de Oxóssi, depois a festa de Oxum na cachoeira e por último visitei ao Santuário Nacional de Umbanda.
Nossa conversa foi sobre mediunidade. Falamos de mediunidade consciente e inconsciente. Minha instrutora diz que hoje é o tempo de médiuns conscientes. Que o tempo dos médiuns inconscientes se fez necessário até que se chegasse a um certo ponto de maturidade da Umbanda.
Falamos sobre os médiuns que fingem estar incorporados. É, alguns por incrível que isso possa parecer, fingem estar incorporados por diversos motivos. Enfim, não nos cabe julgar nossos irmãos. Temos que fazer a nossa parte e cada um que se responsabilize pela conseqüência de seus atos.
Conversamos sobre como diferir os médiuns que estão incorporados dos que fingem estar. Ou dos que estão com entidades kiumbas se passando por outras entidades. Os olhos da entidade conhecida ficam arregalados.
Falamos sobre a importância dos cambones, não só por doar ectoplasma para as entidades durante os trabalhos, mas também pela grande oportunidade de aprendizado que temos de acompanhar os ensinamentos das entidades.
Nossa aula foi totalmente teórica e fomos informados que a partir de agora as aulas serão de 15 em 15 dias.
E se iniciou a gira. Eu e minha esposa, descalços, de branco, na parte de dentro do terreiro. Batemos cabeça pela primeira vez! Era dia de consulta com os pretos-velhos.
Um dos membros da casa nos disse logo no início que os médiuns que não dariam consultas, não deveriam incorporar.
Então vieram os caboclos. E imediatamente, senti as vibrações do meu. Como é gostosa a energia! Meus dedos ficavam dormentes e minha respiração acelerou. A ialorixá da casa me indicou para um caboclo para que ele "puxasse" meu guia. E senti ainda mais forte a energia, quando no meu transe, fui informado por um membro da casa de que eu não era para deixar vir o caboclo. E retornei um pouco decepcionado, pois queria ir mais longe.
Os passes foram dados, os caboclos foram embora e os pretos-velhos vieram aos poucos. Fui informado que iria cambonar alguém e fiquei aguardando ser chamado. Fiquei sentado em um banco de madeira, observando e sentindo a energia do congá. Observava minha esposa cambonando o Nego Benedito.
Pensava que em giras anteriores, enquanto ainda freqüentava na assistência, não sentia as vibrações dos pretos-velhos. São vibrações elevadas e que achava que por estar iniciando, iria demorar a senti-las. Sentado no banco, também me sentia assim, uma vez que não sentia energia de incorporação.
Fui chamado e apresentado a um médium que talvez fosse incorporar. Eu iria cambonar ele caso o preto-velho viesse. Ficamos conversando, quando outro irmão da casa me apontou uma preta-velha para que eu tomasse um passe. A vó Benta.
Fui então falar com ela. Ela estava sentada em um banquinho e me pediu para sentar em outro banquinho a sua frente.
Pego de surpresa, não perguntei nada, apenas respondia e ouvia os conselhos da vó Benta. Ela brincou com meu nome, disse que conhecia um cigano de nome Juan que era muito forte e que ninguém mexia com ele. Me disse também que via muita bondade em mim e que eu devia continuar com "os estudador" rs
E pegou nas minhas mãos. Imediatamente minha perna esquerda começou a tremer. Comecei a sentir! Ouvi quando ela falou: "Olha o nego velho aí!" Comecei a baixar a cabeça, senti minhas guias quase saindo do meu pescoço. Que energia boa! Ela me deixou sentir um tempo e depois voltou a conversar comigo. Reparei que a cambone dela, por segurança, já estava atrás de mim.
E fiquei muito feliz com meu nego-velho! Falei com a vó Benta empolgado e ela sorria para mim. Ela me disse para ir sentindo a energia dele e que eu já estava pronto para trabalhar. E deu a entender que meu nego-velho precisará de uma bengala. Ela molhou minhas mãos com alfazema, me pediu para esfregá-las e comecei a sentir de novo.
Novamente abaixei a cabeça e senti a energia. Retornei ainda mais empolgado que da primeira vez. Nos falamos um pouco mais e nos despedimos. Falei com minha esposa ainda empolgado rs. Muito legal ter sentido o preto-velho!
A linha dos pretos-velhos foi encerrada e veio a linha de Exús. A energia ficou mais densa.
Estava observando as incorporações quando de repente reparei que seu Sete Encruzilhadas estava do meu lado. O cumprimentei e comecei a sentir a energia. Ele me perguntou como eu estava e me disse que meu Exú era de extrema esquerda. Falei que estava bem mas, imediatamente comecei a sentir a energia muito forte. A ultima coisa que ouvi foi o Sr. Sete falando: "Pode deixar ele vir que eu já trato dele agora.". A ialorixá da casa e o Sr. Sete ficaram do meu lado. Senti meu corpo fazer força. Muita força! Minhas mãos se fecharam, meus músculos se comprimiam! Me desequilibrei, depois fiquei com os joelhos um pouco flexionados e continuava fazendo muita força. Parecia que estava comprimindo todos os meus músculos!
Fiquei assim por um período e depois retornei. Sr. Sete me disse para lhe trazer um punhal e que eu tenho que firmar ponto na casa.
Assim o farei.
Senti a energia do Exú que me acompanha, meu guardião. E foi bem forte, bem diferente.
Finalizamos a gira bem mais tarde que o habitual e a experiência de estar lá dentro me fez sentir muitas energias. Saí bastante cansado.
Até a próxima.
Nas últimas semanas tivemos a festa de Oxóssi, depois a festa de Oxum na cachoeira e por último visitei ao Santuário Nacional de Umbanda.
Nossa conversa foi sobre mediunidade. Falamos de mediunidade consciente e inconsciente. Minha instrutora diz que hoje é o tempo de médiuns conscientes. Que o tempo dos médiuns inconscientes se fez necessário até que se chegasse a um certo ponto de maturidade da Umbanda.
Falamos sobre os médiuns que fingem estar incorporados. É, alguns por incrível que isso possa parecer, fingem estar incorporados por diversos motivos. Enfim, não nos cabe julgar nossos irmãos. Temos que fazer a nossa parte e cada um que se responsabilize pela conseqüência de seus atos.
Conversamos sobre como diferir os médiuns que estão incorporados dos que fingem estar. Ou dos que estão com entidades kiumbas se passando por outras entidades. Os olhos da entidade conhecida ficam arregalados.
Falamos sobre a importância dos cambones, não só por doar ectoplasma para as entidades durante os trabalhos, mas também pela grande oportunidade de aprendizado que temos de acompanhar os ensinamentos das entidades.
Nossa aula foi totalmente teórica e fomos informados que a partir de agora as aulas serão de 15 em 15 dias.
E se iniciou a gira. Eu e minha esposa, descalços, de branco, na parte de dentro do terreiro. Batemos cabeça pela primeira vez! Era dia de consulta com os pretos-velhos.
Um dos membros da casa nos disse logo no início que os médiuns que não dariam consultas, não deveriam incorporar.
Então vieram os caboclos. E imediatamente, senti as vibrações do meu. Como é gostosa a energia! Meus dedos ficavam dormentes e minha respiração acelerou. A ialorixá da casa me indicou para um caboclo para que ele "puxasse" meu guia. E senti ainda mais forte a energia, quando no meu transe, fui informado por um membro da casa de que eu não era para deixar vir o caboclo. E retornei um pouco decepcionado, pois queria ir mais longe.
Os passes foram dados, os caboclos foram embora e os pretos-velhos vieram aos poucos. Fui informado que iria cambonar alguém e fiquei aguardando ser chamado. Fiquei sentado em um banco de madeira, observando e sentindo a energia do congá. Observava minha esposa cambonando o Nego Benedito.
Pensava que em giras anteriores, enquanto ainda freqüentava na assistência, não sentia as vibrações dos pretos-velhos. São vibrações elevadas e que achava que por estar iniciando, iria demorar a senti-las. Sentado no banco, também me sentia assim, uma vez que não sentia energia de incorporação.
Fui chamado e apresentado a um médium que talvez fosse incorporar. Eu iria cambonar ele caso o preto-velho viesse. Ficamos conversando, quando outro irmão da casa me apontou uma preta-velha para que eu tomasse um passe. A vó Benta.
Fui então falar com ela. Ela estava sentada em um banquinho e me pediu para sentar em outro banquinho a sua frente.
Pego de surpresa, não perguntei nada, apenas respondia e ouvia os conselhos da vó Benta. Ela brincou com meu nome, disse que conhecia um cigano de nome Juan que era muito forte e que ninguém mexia com ele. Me disse também que via muita bondade em mim e que eu devia continuar com "os estudador" rs
E pegou nas minhas mãos. Imediatamente minha perna esquerda começou a tremer. Comecei a sentir! Ouvi quando ela falou: "Olha o nego velho aí!" Comecei a baixar a cabeça, senti minhas guias quase saindo do meu pescoço. Que energia boa! Ela me deixou sentir um tempo e depois voltou a conversar comigo. Reparei que a cambone dela, por segurança, já estava atrás de mim.
E fiquei muito feliz com meu nego-velho! Falei com a vó Benta empolgado e ela sorria para mim. Ela me disse para ir sentindo a energia dele e que eu já estava pronto para trabalhar. E deu a entender que meu nego-velho precisará de uma bengala. Ela molhou minhas mãos com alfazema, me pediu para esfregá-las e comecei a sentir de novo.
Novamente abaixei a cabeça e senti a energia. Retornei ainda mais empolgado que da primeira vez. Nos falamos um pouco mais e nos despedimos. Falei com minha esposa ainda empolgado rs. Muito legal ter sentido o preto-velho!
A linha dos pretos-velhos foi encerrada e veio a linha de Exús. A energia ficou mais densa.
Estava observando as incorporações quando de repente reparei que seu Sete Encruzilhadas estava do meu lado. O cumprimentei e comecei a sentir a energia. Ele me perguntou como eu estava e me disse que meu Exú era de extrema esquerda. Falei que estava bem mas, imediatamente comecei a sentir a energia muito forte. A ultima coisa que ouvi foi o Sr. Sete falando: "Pode deixar ele vir que eu já trato dele agora.". A ialorixá da casa e o Sr. Sete ficaram do meu lado. Senti meu corpo fazer força. Muita força! Minhas mãos se fecharam, meus músculos se comprimiam! Me desequilibrei, depois fiquei com os joelhos um pouco flexionados e continuava fazendo muita força. Parecia que estava comprimindo todos os meus músculos!
Fiquei assim por um período e depois retornei. Sr. Sete me disse para lhe trazer um punhal e que eu tenho que firmar ponto na casa.
Assim o farei.
Senti a energia do Exú que me acompanha, meu guardião. E foi bem forte, bem diferente.
Finalizamos a gira bem mais tarde que o habitual e a experiência de estar lá dentro me fez sentir muitas energias. Saí bastante cansado.
Até a próxima.
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