Seja Bem-Vindo!

Bem vindo ao meu blog.

domingo, 19 de fevereiro de 2012

Pontos Riscados Abertos e Fechados

Recebi uma missão na última gira do dia 16 que é a de informar, no início da na nossa próxima gira do dia 24, a diferença entre o ponto riscado aberto e o ponto riscado fechado.

Logo, vamos ao que descobri estudanto duas fontes:
http://umbandareligiaobrasileira.blogspot.com/2011/03/pemba-e-pontos-riscados-na-umbanda.html
http://www.minhaumbanda.com.br/blog/?p=1412



O ponto riscado ou símbolo riscado transforma-se em um Símbolo Sagrado com grande Poder de Ação, traz toda a força misteriosa da “Grafia dos Orixás” (escrita astral) que são signos e símbolos magísticos que abrem ou fecham portais, que trazem ou repelem energias, ativam ou desativam forças astrais e da natureza,  portanto têm o poder de fechar, trancar, abrir, quebrar, direcionar, harmonizar, transformar, equilibrar os Terreiros, assim como os médiuns pois atuam em seus campos mediúnicos.

Importante comentar que a escrita mágica simbólica com seus infinitos signos e símbolos é tão antiga quanto a humanidade e são encontrados pelos arqueólogos em construções antiquíssimas, em túmulos, dentro de templos religiosos, lugares de cultos, seitas. Mesmo porque a comunicação escrita surge através de símbolos, traços, pontos e não através de letras como estudamos hoje. Portanto, essa escrita mágica simbólica, usada pelos guias espirituais, não é propriedade da Umbanda e sim, é um bem colocado à disposição da humanidade pelos povos antigos e pelos seres espirituais superiores que dela muito tem se servido no decorrer dos séculos.

Não pode existir um Terreiro sem o testemunho dos Pontos Riscados, isto é, da Pemba. Assim pode-se afirmar, sem a menor dúvida, que a Pemba é o instrumento mais poderoso da Umbanda, pois sem os pontos riscados nada se pode fazer com segurança.

Os pontos podem ser riscados em espaços fechados ou abertos. Se em espaço fechado a ação é concentrada, delimitada e limitada, cria-se um verdadeiro campo de força. Usado em solicitações específicas e nos pontos identificatórios. Quando riscado em espaço aberto a ação é ampla, vasta, envolve a todos e a todo o Terreiro. Dentro de um Terreiro esse tipo de ponto só é riscado pelo Pai ou Mãe Espiritual.

O Ponto Riscado pode ser Identificatório e identificará o Guia Espiritual entre os demais, é uma espécie de assinatura pessoal; pode ser Magístico ou Simbólico, que tem várias funções pois pode ser energizador, protetor, irradiador, desagregador, transmutador, entre muitas.

O estudo formalizado desse tipo de ponto riscado não existe, pois esse conhecimento é de ‘poder do Astral Superior’, no entanto, é importante seguir algumas bases e livros Sagrados milenares, assim como algumas bases cabalísticas para tentarmos compreender esse grandioso Mistério; ou o ponto riscado pode ser ainda Simbólico, que tem um grande valor e poder mágico pois são sinais expressos em formas que dão a entender uma intenção, uma ação, um verbo ou uma direção.

Giras Abertas para a Assistência



Já se passaram duas giras com assistência lá no centro.

Eu agora, faço parte dos médiuns da casa e estou muito feliz com isso. Canto os pontos, bato a cabeça no congá, participo de tudo. E sinto as energias.



Meu caboclo segue "vindo". rs

Antes não fazia barulho praticamente, mas agora tenho feito sons altos. Bate no peito. Tenho sentido uma evolução.



E agora, também sinto o baiano. O baiano Joaquim me disse em uma das giras que era para que eu colocasse a cabeça no Congá e que pedisse para o meu guia de cabeça, o caboclo, que desse passagem para o meu guia baiano, se permitido fosse. E foi.

Sinto uma energia diferente, de baixo para cima. Abro um sorriso imenso e fico gargalhando rs

Mas não falo nada ainda.



Mas a energia é muito boa.



Meus guias não pediram nada ainda, nem bebidas, nem "pito". Tenho dúvidas se meus guias realmente não bebem ou fumam, se apenas me respeitam já que não fumo, ou se sou eu que ainda prendo isso. Mas confesso que senti vontade de beber quando senti a energia do baiano.

E também já comecei a sentir a energia do preto velho...

Vamos ver...

domingo, 5 de fevereiro de 2012

Primeira Vez

No dia 28/01/2012, fomos ao Santuário Nacional de Umbanda.




Foi uma gira em homenagem aos caboclos, já que há uma semana atrás, tivemos o dia de São Sebastião.

Nosso centro alugou uma tenda no Santuário e chegamos bem cedo para arrumar tudo.

Cada um dos membros levou um item para fazer uma bonita oferenda conjunta.

Os médiuns que seriam batizados também levaram uma outra oferenda para os caboclos.



O trabalho foi muito bonito e não havia como não ser, já que estávamos em um lugar que tinha mata, cachoeiras, pedreiras, borboletas voando, enfim, na natureza, ideal para a prática da Umbanda.



Primeiro houve a defumação da tenda, cantamos os pontos com maior ênfase nos cânticos de caboclo.

E foram eles, os primeiros que vieram nos saudar. Vieram os caboclos Tupã, Arranca Toco e Quebra Pedra. E depois, continuamos com os pontos até que vieram os guias: baiano Joaquim e o preto velho Benedito, a qual carinhosamente chamamos de Dito. O baiano iniciou a condução dos trabalhos pedindo aos médiuns que seriam batizados para preparar as oferendas.



Cada um preparou a sua oferenda e quando todos terminaram, o baiano "puxou" os caboclos de todos eles.

Interessante como o caboclo via a oferenda do seu cavalo e a complementava.



E quando todos os caboclos estavam conosco, o baiano me chamou e pediu para que eu tomasse um passe com o caboclo do meu amigo. Parado, descalço, em frente ao caboclo, comecei a sentir as energias. E veio forte.



Comecei a sentir minha mão esquerda indo para trás e de repente estava com ela nas costas. O caboclo pegou no meu braço e levou até a altura do meio peito. Imediatamente eu comecei a bater no peito e não conseguia abrir os olhos. Sentia a energia, mas ouvia o que falavam comigo. Só não conseguia responder. E não conseguia abrir os olhos.

Apesar de nunca ter ido tão longe, tinha dúvidas se estava incorporado ou não.

O baiano me levou até outra cabocla e continuei sentindo as energias, com o braço esquerdo atrás das costas.

Foi aí que tive certeza da incorporação. O baiano Joaquim me levou até a frente do congá e me pediu para que eu passasse um pouco do meu axé para o congá. Meu braço esquerdo começou a tremer e saiu de trás das minhas costas. Parou em frente ao meu corpo, ao mesmo tempo que meu braço direito também se nivelou com o esquerdo. E eles começaram a tremer, até que reparei que estavam fazendo um movimento circular para a frente do meu corpo. Ali, eu tive certeza que não era eu.



Meus movimentos eram inesperados por mim! rs



Após fazer isso por alguns minutos, meus braços começaram a tremer novamente e foram descendo devagar. Até parar de tremer. Aí de repente, senti uma energia, como se vinda do chão, e senti a energia subindo, vinda de baixo para cima.



E voltei.



Voltei sem acreditar no que tinha acontecido. Meu caboclo veio!



Descansei, tomei água, e reparei que estávamos na linha dos baianos quando havia retornado.

E o baiano Joaquim tentou "puxar" o meu baiano. Tonteei, cambaleei, senti a energia bem forte. Mas não veio.



Eu estava muito cansado. A incorporação do caboclo me deixou exausto. E olha que foram no máximo 30 minutos.



A tarde, veio a esquerda. Exú Marco Antônio, Exú Tiriri, Exú Capa Preta. Todos vinham falar comigo e me davam sermões. Fizemos círculos com pólvoras em volta de cada uma das pessoas do centro para limpeza.



E depois fizemos as oferendas à esquerda, no reino dos Exús e depois fomos fazer a outra oferenda, a conjunta, acompanhado de um banho de cachoeira revitalizante.



Saí de lá com uma sensação de que estava mais disposto que estava antes de chegar no Santuário.

Saí de lá muito bem. E feliz.

Retorno dos Trabalhos

No meu início na Umbanda, eu ouvi que normalmente as pessoas conheciam a Umbanda pelo amor ou pela dor.

Do dia 8 de dezembro até o dia 20 de janeiro, vivi um conflito interno absurdo. Uma luta que me fez muito mal. E neste intervalo, a maioria dos centros de umbanda estavam de recesso por causa das datas comemorativas de final de ano.

Foi um período de decisão e sofrimento. E mesmo já conhecendo a Umbanda, posso dizer que comigo, neste meu retorno, mais uma vez foi a dor que me reaproximou da Umbanda.

Precisava do equilíbrio espiritual. E aguardei ansiosamente o retorno dos trabalhos no dia 20 de janeiro.

No centro, fui informado que 3 médiuns da casa seriam batizados na Umbanda. E que deveríamos ir no Santuário na outra semana. Prestei atenção em todos os procedimentos e fui informado que mesmo que não fosse o meu batizado, que eu deveria ir acompanhar tudo. A reunião me trouxe mais calma para conduzir meus conflitos. Era o que eu precisava. Me sentia muito bem naquele clima. Pedi perdão para recomeçar minha caminhada.

Decidi ficar no centro e voltar a me desenvolver. Decidi voltar a trabalhar.

Descoberta de um Novo Centro

No final do ano, através de um amigo, descobri outro centro. Minha esposa já havia ido neste centro e disse que eu provavelmente gostaria de conhecê-lo.

Era a última gira do ano. No dia 8 de dezembro de 2011.

E fui. Ao chegar lá, um centro simples e acolhedor. Poucos médiuns, crianças entre nós, um clima muito familiar. Realmente me senti muito bem. E, como se a gira tivesse sido somente para mim, exatamente naquele dia, não foram mais pessoas para a assistência. Cada um dos guias que vinham nos médiuns, me chamavam para conversar. E viram além do que eu havia dito. Pediram para as outras pessoas saírem e senti realmente que a gira era para mim.

Falei com o preto velho Pai João, com o baiano Joaquim e com o Exú Marco Antônio.
Ouvi conselhos, sermões e chamadas. Me senti verdadeiramente exposto.
E no final, eles abriram a casa para mim. Para que eu a freqüentasse.

Naquele dia fui embora bastante pensativo... Mas saí de lá ciente do que queria. Queria me encontrar novamente com a espiritualidade.

A Vivência traz o Aprendizado

O que conto agora é a síntese de uma sucessão de acontecimentos. Certos ou errados, me levaram até aqui, hoje. Durante meus momentos de reflexão, me consultei várias vezes e segundo alguns guias, certo e errado são concepções nossas, dos encarnados. Para eles existe o que foi feito e o que está por vir. E toda ação tem sua conseqüência. O que é certo para mim, pode não ser para outra pessoa. E mesmo sendo difícil, tenho trabalhado a minha mente para evitar a culpa.

Vamos lá...

Durante o período em que tive que me ausentar por causa do trabalho, perdi muito contato com a vida espiritual. Primeiro quando não pude mais comparecer ao centro que estava me desenvolvendo. Depois, comecei a procurar por outros centros, mas com o passar do tempo, o ímpeto da pesquisa foi diminuindo. Fazia magia por conta própria no início, mas depois, também com o passar do tempo, fui diminuindo as atividades. E quando dei por mim, meu contato com a espiritualidade estava distante.

Freqüentava poucas vezes alguns centros e sempre quando ia, ficava na assistência. A energia que eu sempre sentia, agora vinha com menor intensidade. Sentia menos.

No dia 01/10/2011, já bastante afastado, fui convidado a ir ao centro do meu amigo. Haveria uma festa para Cosme e Damião e o mentor guia da casa, o Pai Antônio, me convidou para trabalhar naquele dia.

Quando meu amigo me contou, eu, mentalmente, descartei de imediato. A grande verdade é que me sentia sujo por ter me afastado. Essa é a verdadeira palavra. Sujo. E hoje vejo que estava com a minha vida conturbada.

Fui ao centro sim, mas nem quis levar a roupa branca. Mas fui.

Lá, enquanto ele trabalhava no centro do congá, eu observava tudo na assistência. Até que começaram a chamar os caboclos. Aí, na assistência mesmo eu comecei a sentir. E veio forte. Tonteei, e quando reparei, um dos cambonos já havia me puxado para o centro do congá. Fiquei lá dentro até o final, sentindo todas as energias, tremendo e ficando tonto diversas vezes rs.

Voltei a sentir a energia forte. Senti que meus guias ainda estavam comigo. Pai Antônio me convidou para frequentar o centro, mas disse para ele que poderia tentar ir de 2 em 2 meses somente. Me sinto sempre bem lá no centro. E tive um ótimo momento de distração. Ajudei a cambonar e fiquei rindo com as crianças. Saí de lá mais leve.

Após este dia, tentei me reaproximar. Voltei a pesquisar locais para ir. Mas do jeito que estava, não me sentia bem para prosseguir com meu desenvolvimento. Ainda me sentia sujo. Mas também não sabia muito o que fazer naquele momento. Minha vida estava confusa. E acabei não retornando com meu desenvolvimento.

O tempo passou, e voltei me distanciar. Sabia do que tinha que fazer, mas não encontrava forças.
Faltou naquele momento reconhecer que o lado espiritual me traria o equilíbrio. Estava precisando de ajuda espiritual, mas não enxergava isso.