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domingo, 5 de fevereiro de 2012

Primeira Vez

No dia 28/01/2012, fomos ao Santuário Nacional de Umbanda.




Foi uma gira em homenagem aos caboclos, já que há uma semana atrás, tivemos o dia de São Sebastião.

Nosso centro alugou uma tenda no Santuário e chegamos bem cedo para arrumar tudo.

Cada um dos membros levou um item para fazer uma bonita oferenda conjunta.

Os médiuns que seriam batizados também levaram uma outra oferenda para os caboclos.



O trabalho foi muito bonito e não havia como não ser, já que estávamos em um lugar que tinha mata, cachoeiras, pedreiras, borboletas voando, enfim, na natureza, ideal para a prática da Umbanda.



Primeiro houve a defumação da tenda, cantamos os pontos com maior ênfase nos cânticos de caboclo.

E foram eles, os primeiros que vieram nos saudar. Vieram os caboclos Tupã, Arranca Toco e Quebra Pedra. E depois, continuamos com os pontos até que vieram os guias: baiano Joaquim e o preto velho Benedito, a qual carinhosamente chamamos de Dito. O baiano iniciou a condução dos trabalhos pedindo aos médiuns que seriam batizados para preparar as oferendas.



Cada um preparou a sua oferenda e quando todos terminaram, o baiano "puxou" os caboclos de todos eles.

Interessante como o caboclo via a oferenda do seu cavalo e a complementava.



E quando todos os caboclos estavam conosco, o baiano me chamou e pediu para que eu tomasse um passe com o caboclo do meu amigo. Parado, descalço, em frente ao caboclo, comecei a sentir as energias. E veio forte.



Comecei a sentir minha mão esquerda indo para trás e de repente estava com ela nas costas. O caboclo pegou no meu braço e levou até a altura do meio peito. Imediatamente eu comecei a bater no peito e não conseguia abrir os olhos. Sentia a energia, mas ouvia o que falavam comigo. Só não conseguia responder. E não conseguia abrir os olhos.

Apesar de nunca ter ido tão longe, tinha dúvidas se estava incorporado ou não.

O baiano me levou até outra cabocla e continuei sentindo as energias, com o braço esquerdo atrás das costas.

Foi aí que tive certeza da incorporação. O baiano Joaquim me levou até a frente do congá e me pediu para que eu passasse um pouco do meu axé para o congá. Meu braço esquerdo começou a tremer e saiu de trás das minhas costas. Parou em frente ao meu corpo, ao mesmo tempo que meu braço direito também se nivelou com o esquerdo. E eles começaram a tremer, até que reparei que estavam fazendo um movimento circular para a frente do meu corpo. Ali, eu tive certeza que não era eu.



Meus movimentos eram inesperados por mim! rs



Após fazer isso por alguns minutos, meus braços começaram a tremer novamente e foram descendo devagar. Até parar de tremer. Aí de repente, senti uma energia, como se vinda do chão, e senti a energia subindo, vinda de baixo para cima.



E voltei.



Voltei sem acreditar no que tinha acontecido. Meu caboclo veio!



Descansei, tomei água, e reparei que estávamos na linha dos baianos quando havia retornado.

E o baiano Joaquim tentou "puxar" o meu baiano. Tonteei, cambaleei, senti a energia bem forte. Mas não veio.



Eu estava muito cansado. A incorporação do caboclo me deixou exausto. E olha que foram no máximo 30 minutos.



A tarde, veio a esquerda. Exú Marco Antônio, Exú Tiriri, Exú Capa Preta. Todos vinham falar comigo e me davam sermões. Fizemos círculos com pólvoras em volta de cada uma das pessoas do centro para limpeza.



E depois fizemos as oferendas à esquerda, no reino dos Exús e depois fomos fazer a outra oferenda, a conjunta, acompanhado de um banho de cachoeira revitalizante.



Saí de lá com uma sensação de que estava mais disposto que estava antes de chegar no Santuário.

Saí de lá muito bem. E feliz.

2 comentários:

  1. A Rebeca teve a mesma reação mas com cigana e a mãe Iemanjá

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  2. Boa tarde! Sinto vibrações, mas nunca incorporei. O que devo fazer?

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