Hoje, dia 23 de abril, é comemorado o dia de São Jorge, santo sincretizado de Ogum.
Soube que no centro não haveria trabalho neste dia e, aliado a visita de um casal de amigos, resolvemos todos visitar o Santuário Nacional de Umbanda.
Que passeio sensacional! O Santuário fica no ABC Paulista e deu um pouco de trabalho para encontrá-lo. Valeu a pena!
Ao entrar, já nos deparamos com natureza por todos os lados. O ambiente, pássaros, borboletas, as imagens...
Imagens enormes dos orixás por todos os lados!
Ao redor das imagens, diversos espaços para realizar as oferendas, tudo muito bem feito e bonito. Ficamos realmente impressionados. O intuito de se criar um lugar para a prática fácil da Umbanda foi alcançado com êxito.
Uma casa para homenagear os pretos-velhos, um espaço para os ciganos, outro com o reino de Exús.
Logo ao entrar, fomos prestar nossas homenagens e fazer nossos pedidos aos pés das imagens dos orixás.
Ao terminar, fomos conhecer o local. Andamos em trilhas, sentimos a mata, passamos por pedreiras e nos banhamos na cachoeira. A energia do local é ótima.
Várias tendas foram criadas no próprio Santuário, e haviam muitas giras ocorrendo paralelamente umas as outras. Nunca havia imaginado isso! O som dos atabaques vinha de todos os lados!
Ficamos então nós 4, assistindo a várias giras. Algumas com a linha de Exu, Boiadeiros, Baianos, etc... Ouvíamos os pontos que nos agradavam mais e mudávamos de tenda. Como não conhecíamos nenhum centro específico, trocamos algumas vezes. Um pedacinho de cada gira. O sino da igrejinha nunca tocou tanto! Rs
Até que fomos convidados a entrar em uma gira.
Assim que entramos, os guias baianos chamaram as meninas. Ficamos meu amigo e eu, assistindo as respectivas serem saudadas pelos baianos.
Meu amigo, é o mesmo que em posts anteriores foi visitar o meu centro e que incorporou seu guia baiano.
Aí as baianas resolveram chamar agente. Primeiro ele, depois a mim. Com ele a princípio não aconteceu nada. Aí fui eu.
As baianas me rodearam e me pediram para girar. Eu sorri, achei estranho, dei uma volta e parei. Elas me mandaram continuar a rodar. Eu então obedeci. Na terceira volta, senti uma energia forte e comecei a sentir meu baiano. Me concentrei, e retornei.
Não me senti a vontade para deixar o baiano vir fora do centro que freqüento.
E ficamos nesta: as guias tentavam puxar o meu baiano, eu tonteava, me desequilibrava, mas me controlava e retornava.
Aí o baiano do meu amigo veio! Saudou a casa, e advinhe... Também tentou puxar o meu baiano. O mais interessante foi que ele me disse que ali meu guia não veio, mas que na tenda dele eu ia girar. E eu confirmei que irei lá.
A linha dos baianos se foi, agradecemos o convite da casa pois fomos muito bem recebidos e retornamos a nossa caminhada.
Fomos então no espaço dedicado para oferendas para os Exús. Vimos as imagens de vários Exús. Ao chegar perto já era possivel sentir. Nossa que energia! Saímos de lá exaustos e voltamos na cachoeira para nos reenergizar.
Assistimos a algumas outras giras, mas sem entrar, e reparamos que já estávamos a umas 6 horas por lá.
Combinamos de voltar outro dia para quem sabe ficar mais tempo.
Enfim, hoje não houve gira no centro que eu freqüento, mas senti a mesma sensação gostosa que sinto ao sair de lá nos sábados.
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