Na outra semana, foram os baianos.
Eu e minha esposa retornamos e vimos os mediuns um a um incorporando os guias de baianos. Como da primeira vez, escolhemos os guias com quem iríamos conversar e escolhi a baiana Madalena do Côco.
Confesso que fui me consultar com ela sem ter muito o que perguntar. Mas quase no final da nossa conversa, perguntei para ela se eu era mesmo filho de Xangô. Ela me perguntou "Você quer ver?".
É claro que respondi que sim.
Ela pediu então para que os responsáveis pelo atabaque puxassem um ponto de Xangô. Eu fechei os olhos e outros dois membros me circularam me deixando no centro. A medida que o ponto ia sendo cantado, a baiana ia passando em mim uma erva e me molhava com cachaça. Ali começou minha primeira grande surpresa.
Inexplicavelmente minha pernas começaram a balançar. Começaram a querer ceder. Entrei em uma espécia de transe com a música que estava ouvindo. Quando a música parou eu ainda fiquei de olhos fechados e sentindo minhas pernas tremendo. Quando voltei, os membros estavam olhando e rindo para mim, uma delas com um leque dizendo que a energia tinha sido muito forte. E a baiana sorria me perguntado se eu estava bem. Ela me disse que eu deveria ir com um grupo do centro em uma cachoeira. E que eu era um médium. Pediu para que eu voltasse depois e que perguntasse ao preto velho Pai Zezé sobre uma proteção espiritual que eu deveria usar. E um dos membros, me aconselhou livros para ler.
Voltei para a cadeira da assistência meio atordoado com a notícia e com minhas pernas ainda tremendo. Minha esposa ria e curiosa me fazia várias perguntas. Eu não conseguia tirar aquela afirmação da baiana da minha cabeça.
Aí entrou a linha de Exú no centro. Observava aquilo tudo ainda meio chocado com a notícia.
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