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sábado, 31 de março de 2012

Ponto Riscado do meu Caboclo e a Esquerda

No dia 23/03, com a assistência cheia, novamente o baiano Joaquim veio falar conosco.

E um dos primeiros que ele veio falar foi comigo.
Citando a última gira em que meu caboclo veio, me disse que eu deveria segurar meu guia e não deixar que ele viesse ainda.

Entendi que talvez eu estivesse atrapalhando os trabalhos e quando os guias vieram, procurei me concentrar em não deixar que meu caboclo viesse.

Só que ficar ali, descalço, no meio e não sentir energia nenhuma é muito complicado!

E foi aí que comecei a sentir uma energia diferente. Fiquei tão concentrado na minha mão (onde normalmente começo a sentir a energia do caboclo), que quando reparei, estava sentindo uma energia estranha nos olhos. Meus olhos estavam me forçando a fechá-los. Não sabia que energia era essa e fui beber uma água para ver se conseguia controlá-la.

Ao retornar ao meu posto, continuei sentindo a energia, e quando vi que as pessoas da assistência já tinham sido quase todas atendidas, pedi ao cambono do baiano Joaquim para que eu fosse me consultar com ele e falar desta tal energia.

Por um momento, a energia veio muito forte e comecei a sentir a energia vinda dos pés para cima, de baixo para cima. Pensei que poderia ser o baiano.

Foi aí que outro cambono me perguntou se eu queria passar com o caboclo do meu amigo. Eu disse que não, que estava aguardando o atendimento do baiano Joaquim, mas aí o próprio caboclo veio até a mim. E não me deixou falar muito, já veio puxando o meu caboclo. Imediatamente a energia que eu estava sentindo nos olhos e pés, foi para as mãos e quando eu vi, já estava batendo no peito. Veio o meu caboclo.

Ele recebeu o charuto e começou a fumar.

Ficou parado, fumando. De repente ele pediu uma pemba. De olhos fechados, caminhei até um ponto, me ajoelhei e sentia minha mão riscando o chão. Depois com os dois braços para trás, permaneci como que se estivesse observando o ponto riscado.

O baiano Joaquim veio no meu ouvido e perguntou se para um dos traços que havia sido riscado, era uma cobra ou um raio. Sem responder, minha mão novamente foi ao chão e fez o risco. O baiano Joaquim saudou o meu caboclo como um caboclo de Xangô. Depois perguntou o nome do caboclo.
O baiano disse que se o caboclo já desse o nome, que ele já poderia começar a trabalhar atendendo.
E como eu não conseguia responder, ele ficou pedindo ao caboclo que dominasse a minha boca. Após algumas tentativas sem êxito, ele me perguntou se o caboclo queria mais giras para que ele dissesse o nome e senti minha cabeça fazendo sinal de positivo.

Ele pediu que o caboclo ainda não fosse embora e ele permaneceu incorporado por mais algum tempo. Um cambono me perguntou se eu queria beber algo e meu caboclo fez que sim com a cabeça para cerveja.
Acho que ele bebeu uns dois goles grandes e entregou o copo.

Depois retornei.

O pai João explicou a importância de se ter o ponto riscado mesmo que desincorporado. Pois o guia assume um compromisso com o cavalo e mesmo que ele não esteja incorporado naquele momento, seu ponto riscado serve de proteção ao seu cavalo.

Nos aconselhou a quando ir a algum lugar que esteja estranho, com alguma energia estranha, desenhar o ponto riscado e entrar nele. Ali dentro, ninguém mexerá conosco.

Uma das cambones desenhou o ponto riscado que fiz no chão em um papel e me entregou depois. Fiquei muito feliz com o que aconteceu.

Como falei anteriormente, há alguns médiuns na casa que estão sendo batizados na umbanda e com isso estão cumprindo os preceitos.

O pai João disse que eles deveriam fazer uma entrega para a esquerda e avisou que iríamos entrar na faixa vibratória da esquerda. Algumas pessoas da assistência foram embora e pouco a pouco, os Exús e Pombagiras começaram a vir.

Em um momento só haviam as entidades da esquerda, os cambonos e eu na casa. Um deles, o Exú Marco Antônio brincou conosco. " E aí? Ninguém vai falar com ninguém não? Nós viemos só para ficar rindo aqui?"

Então fomos nos consultar rs.

Eu, que no passado, senti por diversas vezes a energia muito forte da esquerda, agora sentia que conseguia controlar melhor.

Fui falar com o Marco Antônio. Conversei com ele e tudo correu bem. No final, quando havia terminado de falar, ele deu a entender que iria me cumprimentar com suas mãos, mas quando fui cumprimentá-lo, ele pegou minhas mãos e as forçou para baixo. Disse "eu quero ver esse Exú agora!". Senti a energia forte na hora.

Ele me forçou a ir para o chão e colocou umas mãos na minha nuca me pedindo para fazer força para levantar. Fiz força e quando consegui levantar, senti a energia do meu exú. Meus punhos se fecharam e comecei a fazer muita força. Senti todos os meus músculos fazendo força. E fazia barulhos como se bufasse.

Aí ele pediu para que o Exú ficasse ali, para nos acostumarmos.

Ele me deu um charuto e o Exú fumou com pressa e ao contrário do caboclo, eu sentia o exú mordendo o charuto. Em um momento o Marco Antônio colocou um copo na minha boca e virou alguns goles de marafo.

Senti o calor no corpo e ficava ali bufando.

Depois, acho que fui até a frente do congá e retornei.

Mas fiquei bem depois disso.
Pensando que a cada dia que venho, acontece algo novo.

Muito legal isso.

3 comentários:

  1. muito bacana seus depoimentos, ajuda muito quem esta começando como eu, cheguei aki com duvidas sobre a hora de riscar o ponto, o medo de interferir é muito grande, mais agora percebo que tudo segue um curso natural e na hora certa meus guias não vão hesitar.

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  2. Estou adorando seu diario!! Estou no inicio do meu desenvolvimento e sempre com muitas duvidas. E acompanhando suas experiencias, vejo que tudo tem seu tempo!!

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  3. O seu diário e muito bom eu gostei muito de ler o seu trabalho você tá de parabéns.

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