E veio a gira do dia 24/02.
Antes da gira iniciar, dei as explicações sobre os pontos riscados e deu tudo certo.
Quando começamos, o baiano Joaquim definiu algumas regras. Que os cambonos seriam os primeiros a tomarem passes dos guias que viessem. Depois seria a assistência.
Nossa casa possui poucos médiuns de trabalho e naquele dia, apenas 3 trabalharam.
Fiquei observando o caboclo do meu amigo, que ainda não deu seu nome, a cabocla Jurema e o Baiano Joaquim atendendo a todos. Até que quando todos da assistência já tinham sido atendidos, fui tomar um passe com o caboclo do meu amigo.
E mais uma vez o caboclo do meu amigo puxou o meu caboclo. Fiz certo barulho, como se bufando rs. Depois, fiquei lá, parado, braço esquerdo nas costas e o braço direito batendo no peito.
Desta vez fiquei um período ao lado dele apenas me acostumando com a energia.
A sensação é muito diferente. Você ouve tudo mas, não consegue falar nada. Às vezes um ou outro irmão da casa vinha cumprimentar o meu caboclo. Mas mesmo ouvindo, o caboclo/eu não respondia.
Até que em um momento, um cambono entregou um charuto para o meu caboclo. E ele colocou na boca e fumou.
E depois de um tempo o caboclo subiu.
Confesso que por dentro, fiquei um pouco triste, pois não fumo e o gosto do charuto na boca me lembrava o tempo todo do que eu tinha feito.
Mas depois procurei me acalmar e lembrei de que quando bati a cabeça no congá, pedi que eu, meu corpo, pudesse servir de ferramenta para caridade e, como já li diversas vezes, o ato de fumar na umbanda, envolve a energia das ervas, energia eólica, etc., enfim, acabei me tranqüilizando.
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